segunda-feira, 29 de agosto de 2011



SINCERAMENTE,QUANDO ME PEDIRAM UMA POSTAGEM SOBRE DJEI,SÓ ME VEIO A CABEÇA AQUELE CARA RODANDO O DISQUINHO E FAZENDO A GALERA DANÇAR COM VÁRIOS HITS REMIXADOS.DESCOBRI QUE NÃO É NADA DISSO,APÓS LER O ARTIGO ESCRITO E POSTADO POR GUILHERME M,EM 2006 DO BLOG DINÂMICA

Pensei sobre este artigo porque gostaria que as pessoas aqui em São Paulo e no Brasil despertem e percebam que um bom DJ não é formado por apenas boa técnica. Técnica, alias, é uma das qualidades menos importantes para um grande DJ. Assim, quem estiver interessado, prossiga.
O que exatamente um DJ faz? Ele destila ou purifica qualidade musical. Ele seleciona músicas ou gravações e através delas cria uma performance improvisada de acordo com o tempo, o lugar e as pessoas. Numa festa ou clube, o DJ não está apenas tocando uns discos, ele está criando uma atmosfera, gerando sentimentos e respondendo à reação das pessoas. Um DJ médio tem a capacidade de mexer no humor das pessoas dançando, um DJ excepcional é capaz de fazer uma pista inteira se apaixonar.
Mas como o DJ consegue fazer isso? Fácil: Ele conhece música mais do que qualquer um na pista de dança. Alguns DJs chegam a conhecer mais sobre um determinado estilo do que qualquer outra pessoa no mundo. Ou seja, em primeiro lugar um bom DJ é um colecionador de música, um colecionador totalmente viciado em discos. Alguns diriam que um DJ não passa de um bibliotecário, talvez com mais glamour.
O bom DJ também consegue atingir a pista com música nova e desconhecida (que não precisa ter sido produzida na semana passada, mas pode ser um disco obscuro, perdido durante os últimos 20 anos). Pois, qualquer um conseguiria fazer a pista dançar, tocando um hit ou uma música bastante conhecida, mas será que qualquer um consegue fazer o mesmo tocando uma música que a pista nunca tenha ouvido antes?
Os ótimos DJs se interessam em mostrar, ou melhor, em compartilhar música com as pessoas. Eles chegam a tornar-se pregadores, espalhando a palavra do que consideram boa música.
O pessoal tupiniquim costuma confundir a arte do DJ com qualidades técnicas como mixagens suaves e imperceptíveis, mudanças rápidas, mixar com 3 toca-discos… Acham que quanto mais o DJ parecer ocupado, trabalhando com as mãos, mais criativo ele é. Muitos DJs ganham fama fazendo isso. Uma espécie de show ou demonstração de qualidades técnicas. Entretanto, um ótimo DJ é capaz de balançar uma pista no mais primitivo dos equipamentos, apenas escolhendo uma seleção de faixas adequada, e com algum conhecimento do sistema de som e sua equalização. Na verdade, alguns dos maiores DJs que já existiram eram apenas razoáveis em suas mixagens, como as gravações de Ron HardyLarry Levan e tantos outros mostram. Um ótimo exemplo é David Mancuso, que com suas festas privadas em lofts de Nova York basicamente fundou a Disco (que por sua vez daria vida ao hip-hop, house, e praticamente todas vertentes dançantes de hoje em dia. Ele será assunto de artigos futuros neste blog). Mancuso simplesmente não mixa as faixas, ele deixa cada uma tocar do começo ao fim.
Ou seja, a arte do DJ não está apenas em mixagens precisas, está muito mais em encontrar músicas interessantes, fantásticas, e toca-las no momento certo. Ter sensibilidade e comunicação com seu público. Assim, um DJ nunca é melhor ou maior do que seus próprios ouvintes. Então, um DJ é um colecionador, um pregador musical, um técnico de som e alguém que tenta transmitir emoções através de uma seleção de discos.
A visão descrita acima não é apenas minha, mas é compartilhada por milhares de pessoas pelo mundo. Este texto foi inspirado na recente leitura do livro Last Night a DJ Saved My Life, da onde algumas partes acima foram retiradas.

                                                     EXISTE FACULDADE PARA DJ?







Faz frio no campus Centro da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. O clima é típico de fim de semestre, com poucos gatos pingados circulando pela imponente construção que hoje ocupa o quadrilátero que um dia acolheu a fábrica da Alpargatas. Já faz alguns anos, a Anhembi Morumbi tem inovado na criação de cursos à frente de seu tempo, tendo em vista um mercado cada vez mais mutante e diversificado. Um exemplo, a graduação em Design de Games. Outro exemplo, o de Produção de Música Eletrônica.



Capacitação profissional
O diploma superior de tecnologia oferece capacitação profissional com domínio da tecnologia e dos aspectos criativos que implicam a produção da música eletrônica, desde a mais conceitual ao dance mais pop. Entre as tracks finalizadas por alunos, é possível encontrar boas referências de house, lounge, techno, minimal e ambient. O coordenador ainda chamou atenção para bons resultados no campo do psy, hip-hop e drum'n'bass, naturalmente também abordados. O programa também visa municiar o estudante para a gerência de um negócio próprio. Além disso, a idéia é que a pessoa saia pronta para atuar em todos os níveis do trabalho, em estúdio e live. Da criação de trilhas para cinema, passando pela produção de bandas até as próprias discotecagens e mixes ao vivo, o recorte acadêmico visa suprir todas as necessidades.

Reinaldo de Oliveira, 40 anos, diz-se impressionado com a própria evolução. Assim como todos os outros, ele passou pelas aulas de apreciação musical, aprendeu a determinar a estética do som pela audição, experimentou até dominar as ferramentas oferecidas pelo Ableton, Logic, Pro Tools e Reason. Sentado diante de uma tela cheia de pistas abertas, ele confere uma última realização antes do recesso acadêmico, relembra dificuldades e mostra orgulhoso algumas partituras e músicas que fabricou sob o nome artístico de Reinaldo Bruxxo. "Quando você entende a música e enxerga suas harmonias como um desenho, fica mais fácil se expressar, passar aquilo que você quer."
Do outro lado, Mateus Vasques, 24 anos, aka Mat Saens, está às voltas com um trabalho de Logic Pro. O teste consiste na criação de uma música de autoria própria em qualquer estilo. A composição deve ter de 4 a 7 minutos com possibilidade de ser feita em dupla. Os mais experientes, observou o professor, deveriam fazer sozinhos. "Utilize a criatividade. Isso valerá nota", é o imperativo que encerra a lista de requisitos elencados em 15 itens. Coisa séria, não?
ExpectativasQuando perguntado a respeito de suas expectativas, o coordenador do curso declarou que "a repercussão tem sido muito boa. A Universidade está muito satisfeita com os resultados e os alunos também, tanto que são eles que, no boca a boca, mais divulgam e recomendam o curso para amigos". Segundo Vergueiro, ao todo são 130 alunos, e contam com acompanhamento de inclusão profissional. "O estágio não é obrigatório, mas altamente recomendável. Este semestre, o prof. Brunno E. e eu entramos em contato com as principais produtoras de áudio e estúdios de gravação e mixagem para apresentar o curso e explicar quais competências e habilidades os alunos desenvolvem", garantiu.

Em 2005, quando a Anhembi Morumbi entrou para a rede de Universidades Laureate, a diretora viajou à Europa a fim de conhecer outras instituições também vinculadas à rede. Tomou contato com uma graduação em Produção de Música Eletrônica e daí surgiu a idéia de implantar um curso nos mesmos moldes europeus. De volta, procurou Leonardo e perguntou se ele gostaria de montar uma grade como ela havia visto na Espanha. A partir daí, Léo, envolvido com o eletrônico desde os tempos em que o trance era underground (assinava até as listas de discussão do Chaishop), começou a pesquisar os diversos cursos existentes no exterior e montou uma grade curricular de modo a cobrir todo o conhecimento que o aluno iria precisar para produzir música eletrônica com qualidade. E foi atrás de "profissionais que tivessem a experiência e a competência para ensinar tudo que era necessário".

"Percebemos que a profissão de DJ e Produtor de Música Eletrônica é a profissão dos sonhos de muitos jovens e que ninguém estava oferecendo um curso completo para formar esse profissional", despede-se o coordenador à porta da rua Dr. Almeida Lima, chamando atenção para o fato de que a empreitada foi uma aposta na força da cena de música eletrônica brasileira.


OS MELHORES CURSOS ESTÃO EM SÃO PAULO!

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